Escrito por: Luisa Tchitali
Confesso: às vezes apago TikTok e Instagram do celular só pra não cair naquela armadilha de perder horas rolando vídeos curtos. Não tô sozinha nisso, viu?
Segundo o Relatório de Tendências de Marketing 2025 da HubSpot, vídeo curto é a nova regra do jogo:
🎥 29,18% dos profissionais de marketing usam esse formato mais que qualquer outro.
💰 E 21,02% garantem que é o que traz o maior retorno sobre investimento (ROI).
São vídeos com menos de 60 segundos — embora alguns aceitem até 3 minutos. Eu, particularmente, acho que 60 segundos já são suficientes pra prender a atenção. E por quê? Porque nosso foco tá cada vez menor.
Se o seu vídeo passar de 1 minuto, coloque o que importa logo no começo. Assim, você garante que a mensagem principal seja vista — mesmo que o público não assista até o fim.
A resposta está na psicologia.
Nossa capacidade de atenção caiu muito nas últimas duas décadas — e isso tem um impacto direto no consumo de conteúdo. A Dra. Gloria Mark, especialista em comportamento, mostrou isso com dados:
Em 2004, o tempo médio que uma pessoa conseguia focar numa tela era só 2 minutos e meio. Isso foi medido com precisão, acompanhando o que a pessoa fazia — se ela mudava de um documento do Word para o e-mail, por exemplo, anotavam o tempo certinho.
Com o avanço da tecnologia, os estudos ficaram mais apurados — e a tendência de foco cada vez mais curto só ficou mais clara.
Em 2012, o tempo médio de foco já tinha despencado para 75 segundos. Hoje, nos últimos cinco, seis anos, o Dr. Mark aponta que a média gira em torno de 47 segundos — e vários estudos confirmam esse número.
Essa queda drástica está moldando tudo que consumimos. Não é só redes sociais não, até filmes e séries ficaram mais frenéticos. Segundo a Dra. Mark, as cenas na TV e no cinema encolheram pra algo em torno de 4 segundos por cena.
É aquele clássico dilema do ovo e da galinha: será que a gente prefere conteúdos curtos porque nosso foco é curto, ou nosso foco diminuiu porque consumimos conteúdos curtos?
Fato: a maioria só assiste a vídeos inteiros se eles tiverem menos de 60 segundos.
E plataformas como TikTok, YouTube Shorts e Instagram Reels fazem a festa: vídeos curtos em rolagem infinita, na palma da mão, perfeitos pra consumir onde você estiver.
Quem nunca ficou rolando na fila de treino, no intervalo da escola dos filhos ou no sofá depois do expediente?
Esses apps são projetados pra experiência móvel — conteúdo rápido, fácil, direto, perfeito pro nosso ritmo de vida.
E o motivo? Vídeos curtos mexem com emoção e curiosidade — aquela combinação perfeita pra fisgar quem ainda nem conhece sua marca. Se quer capturar um público frio, esse é o caminho.
Quando você consegue despertar a curiosidade ou tocar alguma emoção no público, a galera fica grudada e quer ver mais — rolando a página sem parar.
Às vezes, é o humor..
Outras vezes, é algo que bate direto no coração.
E o melhor: vídeos curtos são super fáceis de compartilhar. Quem nunca viu um Reels no Instagram ou Facebook e mandou na hora pro grupo de amigos no WhatsApp?
Eu mesmo troco uma porção deles com meu marido — receitas, piadas, memórias dos bons tempos… Esses pequenos vídeos conectam, aproximam, viralizam.
Os dados não mentem:
Pesquisa da Resultados Digitais mostra que 78% das empresas brasileiras planejam aumentar o investimento em vídeos curtos neste ano.
Segundo a Opinion Box, 85% dos brasileiros consomem vídeos em redes sociais pelo menos uma vez por dia.
Isso mostra que o vídeo curto não é modinha, é parte essencial da estratégia de marketing moderna.
Quer mostrar um produto, dar uma dica rápida ou humanizar sua marca? Vídeos curtos são a resposta — nas plataformas que mais bombam hoje, como TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts.
No último ano, o interesse em vídeos curtos cresceu 15% entre os profissionais. Ignorar isso? Nem pensar!
Quando você fisga a atenção com vídeos curtos, cria engajamento que se espalha para outros formatos e conteúdos.
Vídeos longos exigem roteiro complexo, cenas dinâmicas, música envolvente, edição pesada… Ou seja, muito tempo e dinheiro. Já vídeos curtos deixam a produção mais leve e rápida, facilitando a vida de criadores e marcas.
Por exemplo, a conta do TikTok do Nath Finanças tem mais de 6 milhões de seguidores e é um dos perfis brasileiros mais famosos da plataforma graças aos seus vídeos curtos, diretos e com uma pitada de humor. Um vídeo muito popular mostra a Nath explicando finanças pessoais com uma linguagem simples e exemplos do dia a dia, e já passou de milhões de visualizações — tudo feito com celular e edição básica. Esse tipo de conteúdo simples, barato e direto ao ponto é uma receita de sucesso.
Segundo uma pesquisa do IBOPE Inteligência, 75% dos brasileiros entre 18 e 34 anos usam o TikTok para buscar informações ou aprender algo novo. E eu mesma já usei o TikTok para descobrir receitas práticas ou dicas rápidas de moda — tipo aquele truque para combinar peças básicas e arrasar no look. No YouTube, canais como o Ana Maria Brogui trazem conteúdos rápidos e valiosos, que a gente pode absorver em menos de um minuto.
No trânsito para o trabalho, no intervalo da faculdade ou esperando a consulta no médico, vídeos curtos são perfeitos para ocupar esses minutos livres. Basta abrir o Instagram Reels, TikTok ou YouTube Shorts no celular e pronto: informação, entretenimento e conexão na palma da mão.
A influenciadora Camila Pudim destaca que, na produção de vídeos curtos, cada cena precisa ser independente, pois a gravação não segue uma ordem linear. Ela explica que organiza o roteiro com uma checklist detalhada para garantir que cada pedaço do vídeo funcione sozinho, sem exigir que o público acompanhe uma sequência complexa. Isso torna o conteúdo fácil de consumir, permitindo que o espectador clique, assista e siga com o dia de forma leve e descomplicada.
O marketing digital no Brasil tem mostrado que estar presente onde o público passa mais tempo — como TikTok, Instagram e YouTube — é fundamental para conquistar e manter a atenção das pessoas. A chefe de marketing da plataforma brasileira Resultados Digitais, Ana Paula Silva, reforça que conteúdos curtos são ideais para alcançar jovens e adultos conectados que buscam informação rápida e confiável.
Acredito que a capacidade de atenção do consumidor diminui principalmente quando o conteúdo não é algo que o público busca ativamente. Conteúdos longos ainda prosperam quando estão alinhados aos interesses ou necessidades específicas do usuário.
Mas, em um ambiente cheio de distrações e muita informação, o vídeo curto virou indispensável. Não é só sobre ser breve — é sobre alcançar o público onde ele está, seja para entretenimento, educação ou os dois.
Eu me identifico muito com isso. Quantas vezes já maratonei uma série de vídeos no TikTok só para entender toda a história? Ou quantas vezes meu marido passou horas assistindo a vídeos de marcenaria no YouTube? (Alerta de spoiler: muitas!)
Como consumidores, estamos dispostos a investir tempo no que realmente nos interessa e buscamos ativamente. E é aí que o marketing com vídeos curtos pode brilhar de verdade.
Existem várias razões para amar esse formato — algumas podem até causar um pouco de preocupação (como a nossa atenção cada vez mais curta), mas a verdade é que os vídeos curtos vieram para ficar.
Inspiração: Este conteúdo foi elaborado com base em insights e tendências apresentadas no artigo “The Psychology Behind Short-Form Video Content” do HubSpot Blog.
Desenvolvido por Kaizen Labs | POLÍTICA DE PRIVACIDADE | TERMOS DE USO